O ex-craque da Seleção sobe de cargo com a saíde de Teixeira!
São Paulo, SP, 13 (AFI) - Depois de 23 anos, Ricardo Teixeira não resistiu às pressões e, alegando problemas de saúde, deixou na última segunda-feira a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa. O fato - anunciado inesperadamente pelo sucessor de Teixeira, José Maria Marin - produziu o primeiro efeito colateral no governo. O Planalto vai receber o presidente da Fifa, Joseph Blatter, na próxima sexta. Com a saída de cena de Teixeira, o ex-jogador Ronaldo Nazário passa a ser o principal interlocutor do COL com o governo federal e Fifa.
O ex-jogador, líder da campanha que deu ao Brasil o título da Copa de 2002, desfruta de prestígio com entidades e dirigentes esportivos do mundo todo, é adulado por políticos e recebe informações diárias dos executivos do COL. Na prática, vai exercer função semelhante à de Michel Platini no Mundial de 1998 e de Beckenbauer na Copa da Alemanha de 2006. Os dois ex-jogadores já tomavam decisões sobre o evento.
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Para a presidente Dilma, a relação com a CBF e a Fifa é institucional e detalhes de conversas com as entidades devem ser conduzidas pelo Ministério do Esporte. Dilma nunca recebeu Ricardo Teixeira em audiência. Quando ele esteve no Planalto, no início do ano passado, nem mesmo o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci quis se encontrar com o dirigente, repassando a missão para o então ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.
Dilma já havia sido avisada da iminente saída de Teixeira da CBF. Em outubro do ano passado, quando se reuniu com o secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Bruxelas, foi informada por ele da retomada do caso ISL, o maior escândalo de corrupção da história da Fifa, que envolvia o nome de Ricardo Teixeira, e que ele não se sustentaria no cargo, por causa disso. Mais recentemente, a declaração de Valcke de que o Brasil precisa de "um chute no traseiro", por causa dos atrasos para a preparação da Copa, estremeceu as relações com o governo.
João Paulo
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